A região dos Lagos foi ancestralmente ocupada pelos  povos indígenas Tupinambás e Tamoios. O século XVI foi marcado pelo início da exploração do Pau-Brasil. A ocupação moderna da região começou efetivamente em 1720 com o estabelecimento de fazendas de plantações de café, milho, feijão, arroz, engenho  e produção de farinha de mandioca.  José Gonçalves da Silva, famoso por atuar no tráfico de escravos, mesmo após a proibição pela corte portuguesa em 1850, teve sua fazenda confiscada pelo governo em 1851. Há na literatura informações sobre fugas de negros escravizados e formação de quilombos nos arredores e mesmo no interior da fazenda, o que pode ser a origem da comunidade de Baía Formosa.

Atualmente a comunidade quilombola de Baia Formosa está localizada próximo à Rodovia RJ 102, no município de Armação dos Búzios, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro.

         Em 2011 foi fundada a Associação dos Remanescentes do quilombo de Baia Formosa e em 23 de fevereiro de 2012, aconteceu a cerimônia de reconhecimento do Quilombo de Baia de Formosa, pela Fundação Cultural Palmares.

           Desde que foi criada a associação, seus integrantes tem participado de movimentos sócio- culturais e ambientais focados na disseminação e fortalecimento de sua cultura.

           A culinária típica do quilombo garante sua participação, desde 2013, no Festival Gastronômico de Búzios, que ocorre anualmente no mês de julho.

           Outro destaque para a culinária do Quilombo de Baia Formosa é a participação no livro: “A cozinha dos Quilombos: Sabores, territórios e memórias.” Uma iniciativa do instituto DAGAZ, dedicado a promover o desenvolvimento de comunidades carentes.

A participação em projetos como o QUIPEA (Quilombos no Projeto de Educação Ambiental), rende visibilidade e acentua a vontade de realização das atividades desenvolvidas no quilombo.